Contexto:
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Século XVIII: ascensão das ideias Iluministas (a razão e o progresso) → ciência e crescimento econômico (fortalecimento da burguesia).
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Fins do século XVIII: As Revoluções que mudaram o mundo ocidental: Revolução Industrial e Revolução Francesa → o início da era contemporânea.
A
importância do século XVIII e suas “Revoluções”:
- O vocabulário se modifica, assim como as relações econômicas, políticas, sociais e culturais.
-
Termos como “indústria”, “industrial”, “fábrica”, “classe média”, “classe trabalhadora”, “capitalismo”, “socialismo” e “greve” são apenas alguns dos exemplos de palavras que foram inventadas ou ganharam seus significados modernos (ou seja, da forma como são entendidos nos dias de hoje) após as revoluções de fins do século XVIII.
Por
que “Revolução”?
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Uma grande transformação nos modos de vida na história humana, algo “revolucionário” → o próprio conceito de “revolução” tem este significado fortalecido após as revoluções do século XVIII.
A
Revolução Industrial:
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A Revolução Industrial começa na Inglaterra, por volta de 1760-1780, a partir de diversos avanços tecnológicos, especialmente a máquina a vapor de James Watt → situação política e econômica favorável na Inglaterra: Estado relativamente estabilizado após a Revolução Gloriosa (1688); burguesia inglesa forte e prevalência do liberalismo econômico.
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A industrialização se alastra pelo restante da Europa e do mundo ao longo dos séculos XIX e XX. No Brasil, por exemplo, o processo de industrialização é consolidado apenas após a década de 1930 → portanto, a Revolução Industrial é um processo, um fenômeno que ultrapassa recortes temporais delimitados, e não um evento cronologicamente delimitado.
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O surgimento do modelo industrial de produção: manufatura → maquinofatura (aceleração da produção, divisão do trabalho, trabalho assalariado)
Manufatura
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Maquinofatura
|
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Trabalho manual, com o uso de ferramentas, mas ainda sem o uso de
grandes máquinas;
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Trabalho realizado nas casas ou oficinas dos mestres de ofício
e/ou comerciantes;
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Já havia certa divisão do trabalho e os artesãos trabalhavam em
troca de salários;
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Estabelecimento de um ritmo de produção, dividido em etapas.
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Produção em média escala: maior produção que no artesanato,
mas menor que no processo industrial.
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Uso de máquinas movidas por um motor;
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Trabalho realizado nas indústrias: o trabalhador tem pouco
contato com o empregador;
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Divisão do trabalho mais rígida; muitas horas de trabalho;
baixos salários; muitos trabalhadores;
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Ritmo de produção acelerado, definido pela própria máquina,
também dividido em etapas;
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Produção em grande escala: mais rápido e em maior quantidade.
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Grande importância da indústria têxtil na Inglaterra.
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Uso do carvão vegetal para as máquinas a vapor; uso do carvão mineral e utilização do ferro para construção das máquinas: a indústria metalúrgica.
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A revolução nos transportes: navios e trens a vapor.
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Mais trabalhadores nas fábricas: os operários e o êxodo rural → vida nas cidades era precária para a maioria da população em termos de habitação, alimentação e higiene.
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Segunda metade do século XIX: Segunda Revolução Industrial → introdução do petróleo e da eletricidade como fontes de energia; a produção em série (fordismo: produzir muito e bem um só produto: produção em massa) e a especialização da mão de obra.
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Antes
da Revolução Industrial
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A
partir da Revolução Industrial
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Processo
de produção
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Artesanato/manufatura
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Mecanização
industrial
|
Mão
de obra predominante
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Artesão
|
Operário
|
A
quem pertenciam os meios de produção
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Ao
trabalhador, aos mestres de ofício ou aos comerciantes
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Ao
empresário industrial
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Condições
para a atividade produtiva
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Ter
as ferramentas e matérias-primas necessárias; conhecer as etapas
de produção
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Ter
capital para investir
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Principais
tipos de energia utilizados
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Hidráulica
ou eólica; humana ou animal
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Energia
a vapor; uso de petróleo; eletricidade
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Área
de maior concentração populacional
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Zona
rural
|
Zona
urbana
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Classe
social com maior poder político/econômico
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Elite
agrária (detentora de latifúndios)
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Burguesia
industrial e empresários
|
A
Revolução Industrial e seus diversos impactos:
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Diminuição de distâncias: melhoria na comunicação e nos transportes;
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Urbanização: em fins do século XVIII a população mundial era majoritariamente rural; hoje, ela é quase 60% urbana;
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A aceleração do tempo: “tempo é dinheiro”; maior e melhor produção em menor tempo; uso do tempo para execução de múltiplas atividades;
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A importância crescente da tecnologia na vida humana, tanto no âmbito público (trabalho e administração), quanto pessoal e privado;
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Necessidade de energia: constante busca por novas formas de gerar eletricidade;
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Mudança nas relações sociais: novos meios de comunicação e locomoção; novas formas de trabalhar; diferentes relações familiares, escolares, comunitárias e religiosas; novas “classes” e grupos sociais (proletariado, empresários, etc.);
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Maior rapidez e facilidade no acesso ao conhecimento: aumento e agilidade da produção e divulgação de livros, revistas e jornais; internet; televisão; cinema; etc. → difusão do saber
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Intensificação das trocas comerciais e fortalecimento do capitalismo → busca por inovação e eficiência na produção + preços competitivos nas dinâmicas de mercado → uso da ciência, da técnica e dos estudos sobre comportamentos humanos;
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Mudanças nos hábitos de alimentação, sono, entretenimento, uso do corpo, etc.;
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Novas preocupações políticas: os direitos trabalhistas, a participação da mulher no mercado de trabalho, a exploração do trabalho infantil, a fiscalização de empresas pelo Estado, as greves;
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Novas ideologias políticas: o socialismo, o comunismo e o anarquismo.
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Efeitos ambientais diversos: poluição, desmatamento, riscos de extinção, etc.
- Terceira Revolução Industrial: pós-1945; modelo toyotista de produção (produção flexível, segundo demanda; uso de robôs no processo produtivo; redução de custos na produção; incremento às pesquisas científicas); nanotecnologia e biotecnologia; inteligência artificial, etc.
- Quarta Revolução Industrial: evolução dos sistemas inteligentes em rede; neurotecnologia; realidade virtual; automatização quase completa das fábricas; etc.
Referências:
BAIMA,
Cesar. População urbana global passou de 38% a 55% do total em 40
anos. O Globo,
20 de out. 2016. Disponível em:
<https://oglobo.globo.com/sociedade/populacao-urbana-global-passou-de-38-55-do-total-em-40-anos-20319443>.
Acesso em 25 de jun. 2018.
DOMINGUES,
Joelza Ester. História em Documento. Imagem e texto. Manual
do Professor. 8º ano. São Paulo: Editora FTD, 2009.
FREITAS
NETO, José Alves de.; TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e
do Brasil. São Paulo: Editora Harbra, 2007.
HOBSBAWM,
Eric J. A Era das Revoluções. 1789-1848. São Paulo: Paz e
Terra, 2011.
PERASSO,
Valeria. O
que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas
vidas. BBC
News Brasil,
22 de out. 2016. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309>.
Acesso em 25 de jun. 2018.
TERCEIRA
e a Quarta Revoluções Industriais. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/terceirarevolucaoindustrial/>.
Acesso em 25 de jun. 2018.
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